quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Trajetória

Composição: Arlindo Cruz / Serginho Meriti / Franco

Não perca tempo assim contando história
Pra que forçar tanto a memória
Pra dizer
Que a triste hora do fim se faz notória
E continuar a trajetória
É retroceder
Não há no mundo lei que possa condenar
Alguém que a um outro alguém deixou de amar
Eu já me preparei, parei para pensar
E vi que é bem melhor não perguntar
Porque é que tem que ser assim
Ninguém jamais pôde mudar
Recebe menos quem mais tem pra dar
E agora queira dar licença, que eu já vou
Deixa assim, por favor
Não ligue se acaso o meu pranto rolar, tudo bem
Me deseje só felicidade, vamos manter a amizade
Mas não me queira só por pena
Nem me crie mais problemas
Nem perca tempo assim contando história...

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Seu Luxo é Meu Lixo

Eu queria ver se ela no meu lugar entenderia. Não. Com certeza. Eu no dela também não entenderia. Não seria tão omisso dos meus sentimentos, não compreendo como podes ser compreensiva a tal com esse capricho seu. No meu lugar você não seria tão justa. Justiça pouca essa mas ela diante disso ainda era pouca demais. Mas eu queria. Gostaria de tocá-la mesmo que ela não entenda merda nenhuma, com todas as letras, de amor. Ela é pouco demais. Eu estava pensando até em me dar um tiro qualquer dia. Imbecil. Soube que partiu. O meu peito já sabia, a novidade foi pra ela que não tinha se dado ao luxo.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Esquecer, mas não esuqecer de esquecer.

De repente, o final. Que máximo...Guarde as cartas, esconda a cara e tire do gancho o telefone, que é pra ninguém te ligar. Ninguém não. Ninguém eu. Pra me esquecer faça as malas e viaje de ônibus pra uma cidadezinha qualquer. Conheça uma pessoa qualquer. Dê qualquer abraço e qualquer beijinho. Me corta no meio feio papel de pão que vira seda. Me limpa do seu poro. Esquece de mim. Do meu beijo. Do meu cheiro, do meu veneno você não precisa mais provar. De repente se as coisas tivessem que ser sempre fáceis o amor não teria razão de existir. O amor não é fácil. Dói, corrompe, corrói. Enerva, alucina, assassina. O meu amor pode estar em você. E o seu vai ficar sempre em mim, mas e daí? Oque fazer quando não há mais desejo? Quando você corre pra qualquer lugar pra esquecer do meu beijo. Esquecer... Esquece e vai dar uma volta! Um voltinha qualquer na avenida. Compra um vinho barato, olha feio pra quem me conhece na rua, porque afinal TODOS DEVEM TE APOIAR. Mas pra isso você precisa dar os teus motivos. Eu não quero ser amor no seu peito, mas não quero ser a bala do tambor. A bala do seu amor morto. Eu não quero te matar de ódio e nem precisa sentir saudade. Sim, saudade sinta. Sinta saudade da minha companhia permanente, das frutinhas que comemos voltando do atletismo. Sim, sinta, não há problema algum. Deixe algo silencioso e inexplicável falar por nós. Quando é fim é fim e dói. Mas... é disso mesmo que eu estava falando. A amor dói e pra se dispor ao amor é preciso ser corajoso. É preciso ter coragem pra olhar pro lado, aproximar a pele, dar beijo no rosto, beijo na mão, beijo na boca. Tirar a roupa, fazer amor. Amor é isso. Amor é ir na casa da família dela, sabendo que a irmã me odeia. E daí? Sempre acontece... Os finais são tristes mesmo. Finais sempre tem um quê de amor. Uma pitada de desgosto, um riso jogoso de liberdade na cara de quem terminou. Mas pra terminar também requer coragem. O amor é coragem o tempo todo. É riscar o nome dela na folhinha ao lado do telefone. Arriscar ligar pra falar dos desejos. Se arriscar a tomar um não. A amor maior é eterno. O amor acaso nada é. Nem é amor. Eu juro que quero ter deixado algo em você. Juro que deixou algo de muito valioso em mim. Deixou o sorriso. Deixou as mãos magrinhas, o cheiro gostoso. Deixou a bermuda minha que você usava pra dormir. Deixou a porta aberta pra entrar um outro alguém no seu coração. Bravo. Eu também. Mas eu não quero me prender a ninguém, a não ser à mim mesmo. Eu quero sair sozinho pra avenida... e te encontrar. Você com o olhar feio e eu com o riso jogoso. E a gente se olha, se esbarra, se esnoba. E faz oque? Esquece! A gente tenta esquecer, volta pra casa e tira as cartas da gaveta, mas com a cara escondida e o telefone fora do gancho, que é pra eu não tentar te ligar, porque afinal, eu também tenho que ESQUECER.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Bem bom do infinito


O silêncio do ser sozinho que se alimenta desta solidão e arrota e peida e cospe e excreta o misterioso brilho ofuscado do brilhante olhar velho olhar que come este vazio preenchido.As cinzas malditas cinzas no chão e o bom senso vestido de responsabilidade determina qual o momento mais adequado para a limpeza da chaminé. Não basta passar o pano, é preciso lavar o pano depois (a não ser que seja limpo com papel, mas é preciso jogar o papel no lixo).Existe a sensação de ter alguém no trinco querendo abrir a nossa porta, que bater virou jogar cinzas sagradas cinzas pela janela do apartamento, do alto (do pedestal talvez) porca, porta, rima torta pouco importa.O escritor subiu no terceiro andar e pulou do pedestal para tomar ar. Na vida o sentido do existir nao está definido e a idéia de infinito é o próprio mistério do sagrado que é o existir. Ninguém disse que era fácil alcançar estrelas, morar no bem bom do infinito. Entao eu compro o infinito e dou pra quem eu quiser.

domingo, 9 de novembro de 2008

sem Conserto

Não consigo encontrar
Um lugar apropriado para o fim.
O tempo entrou em coma,
Perdi minhas memórias e nem percebi
Um breve instante foi
Um presente que eu ganhei,
mas ainda não abri
Tempo perfeito não
Deixa sobras no futuro
Igual a mim, igualzinho a mim
Igual a mim...Qualquer um que fotografar
Os pesadelos de quem não volta a dormir
Vai andar olhando pro céu
Pois vai sempre estar a um passo de cair
Um breve instante foi
Um presente que eu ganhei, mas ainda não abri
Seguindo em frente entãoSem memória, e sem futuro
É melhor assim, bem melhor assim,É o melhor pra mim...

domingo, 2 de novembro de 2008

Carta a Stalingrado

Stalingrado...Depois de Madri e de Londres, ainda há grandes cidades!O mundo não acabou, pois que entre as ruínas outros homens surgem, a face negra de pó e de pólvora, e o hálito selvagem da liberdade dilata os seus peitos, Stalingrado,seus peitos que estalam e caem, enquanto outros, vingadores, se elevam.
A poesia fugiu dos livros, agora está nos jornais.Os telegramas de Moscou repetem Homero.Mas Homero é velho. Os telegramas cantam um mundo novoque nós, na escuridão, ignorávamos.Fomos encontrá-lo em ti, cidade destruída, na paz de tuas ruas mortas mas não conformadas,no teu arquejo de vida mais forte que o estouro das bombas, na tua fria vontade de resistir.
Saber que resistes.Que enquanto dormimos, comemos e trabalhamos, resistes.Que quando abrimos o jornal pela manhã teu nome (em ouro oculto) estará firme no alto da página.Terá custado milhares de homens, tanques e aviões, mas valeu a pena.Saber que vigias, Stalingrado,sobre nossas cabeças, nossas prevenções e nossos confusos pensamentos distantesdá um enorme alento à alma desesperadae ao coração que duvida.
Stalingrado, miserável monte de escombros, entretanto resplandecente!As belas cidades do mundo contemplam-te em pasmo e silêncio.Débeis em face do teu pavoroso poder, mesquinhas no seu esplendor de mármores salvos e rios não profanados,as pobres e prudentes cidades, outrora gloriosas, entregues sem luta, aprendem contigo o gesto de fogo.Também elas podem esperar.
Stalingrado, quantas esperanças!Que flores, que cristais e músicas o teu nome nos derrama!Que felicidade brota de tuas casas!De umas apenas resta a escada cheia de corpos; de outras o cano de gás, a torneira, uma bacia de criança.Não há mais livros para ler nem teatros funcionando nem trabalho nas fábricas, todos morreram, estropiaram-se, os últimos defendem pedaços negros de parede,mas a vida em ti é prodigiosa e pulula como insetos ao sol,ó minha louca Stalingrado!
A tamanha distância procuro, indago, cheiro destroços sangrentos,apalpo as formas desmanteladas de teu corpo,caminho solitariamente em tuas ruas onde há mãos soltas e relógios partidos,sinto-te como uma criatura humana, e que és tu, Stalingrado, senão isto?Uma criatura que não quer morrer e combate, contra o céu, a água, o metal, a criatura combate,contra milhões de braços e engenhos mecânicos a criatura combate,contra o frio, a fome, a noite, contra a morte a criatura combate, e vence.
As cidades podem vencer, Stalingrado!Penso na vitória das cidades, que por enquanto é apenas uma fumaça subindo do Volga.Penso no colar de cidades, que se amarão e se defenderão contra tudo.Em teu chão calcinado onde apodrecem cadáveres, a grande Cidade de amanhã erguerá a sua Ordem.
(Andrade, Carlos Drummond de. A Rosa do Povo. Rio de Janeiro: Record, 1987)

segunda-feira, 27 de outubro de 2008


Fica difícil até pra escrever, eu odeio ser triste assim.


Mas a tristeza é de certo amiga companheira da poesia de qualquer espécia crua. A

poesia está nua neste poço de insensatez e falta de afeto dos demais. Importa-me.


Quantas vezes você sente seu peito rasgar de saudade?

O meu, 5 dias semais.


Não vejo a hora de tudo voltar ao eixo normal, e sorrir... e ter quem abraçar, e

coisas pra ouvir e coisas pra contar.

O Último Discurso


Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar - se possível - judeus, o gentio... negros... brancos.Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo - não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há ESPAÇO para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover todas as nossas necessidades.O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envevenou a alma dos homens... levantou no mundo muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem... um apelo à fraternidade universal... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhões de pessoas pelo mundo afora... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: "Não desespereis!". A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores que sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá.Soldados! Não vos entregueis a esses brutais... que voz desprezam... que voz escravizam... que arregimentam as vossas vidas... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alienação regrada, que voz utilizam como carne para canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em nossas almas! Não odies! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os inumanos!Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas é escrito que o Reino de Deus está dentro do homem - não de um só homem ou um grupo de homens, mas dos homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tender o poder - o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar a vida livre e bela... de fazê-la uma aventura maravilhosa. Portanto - em nome da democracia - usemos desse poder, unamo-nos todos. Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotencia. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos!Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontres, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo - um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arc-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos!Charles Chaplin

Já não me reconheço mais!

As minhas meias verdades não passam de meias mentiras e eu no momento me recupero de um baque, de uma briga que provoquei por conta da "liberdade" que tanto busco e na verdade a minha liberdade me aprisiona. Estou preso a mentiras inteiras, desejos imundos, lembranças sejas sem zelo, sem precaução, sem prevenção. E eu não previa transformar minha vida num caos. Talvez eu deva me afastar completamente de uma certa pessoa para que assim eu evite as situações.Sou viciado em condenar o meu pensamento... porque as lembranças são ruins demais. São péssima e inacreditavelmente imundas. Eu sou um ser imundo, me tornei um ser imundo porque não estou sabendo cuidar de mim.As coisas que eu ostento, na verdade são tão mínimas, mas, calma, já que estou falando de verdades então cabe aqui confessar que na verdade as minhas pirações não valem mais, não compensam mais o meu ralo diário, porque não me sujeito a ser comprado e não vendo meus valores, mas quando me perco de mim, me sinto tão vazio e inútil e arrependido que vejo que os meus valores na VERDADE já não estão mais presentes.Eu tento me convencer a não acreditar no monstro insensível e de ações desmedidas no qual me tornei.Tudo está bom e ruim, tento me manter vivo diante das virtudes que enxergam em mim, e quem pode me mostrá-las são os outros... Os outros além dos outros que me levam pro buraco.Talvez eu não queira mais existir, mas isso se resume a mais um desejo suicida infantil e só considero que se essa for a saída para não magoar as pessoas que verdadeiramente me amam, então que eu meta o pé e me jogue porta a dentro e finalize o meu destino nesse mundo podre que perecer dentro da minha alma.No meu coração cabe apenas dor... dor, dor, dor!Uma dor tão filha da puta que queria torcê-la, trucidá-la, parti-la ao meio, mas diante da minha imensa falta de coragem só me resta sufocar a minha dor dentro do meu coração imundo e sem cor. Dor, ah, dor! Ou eu te esqueço ou você me consome.Aparentemente não tão desesperada e por dentro estou às moscas, mergulhado num vazio negro absurdo e descontrolado.Tento me convencer também que não estou doente e que não preciso de ajuda, de certa forma desaprendi a discernir a profunda verdade da imensa ilusão. Mas eu penso nos outros que, de repente, se condenam às mesmíssimas condições a que eu me condeno e sempre me sinto pior, menor e ainda mais diminuído... O que faria Mrs. Dalloway?Eu me espelho em dores semelhantes à minha. Em pessoas, casos e contos de vidas largadas ao acaso como a minha. Eu preciso me encontrar e me comprometo aqui, em verso, lucidamente decepcionado e profundamente triste a nunca mais deixar de escrever, todos os dias da minha vda, mesmo que seja inútil, mesmo que seja uma linha, mesmo que seja absurdo, mesmo que não seja nada, ainda assim algo será, e será meu, eu poderei me lembrar da caminhada, eu poderei me lembrar me definhando, mas quem sabe eu me lembre mais de mim.

Sentimentos.

Eu não sirvo para falar coisas do dia-a-dia. Muito menos para falar coisas óbvias, que todos pensam a respeito. Eu sirvo para falar coisas que os outros nem imaginam. Eu sirvo para fazer os outros imaginarem como é se sentir igual a mim. Eu sirvo para fazer os outros invejarem o amor que reina em mim. Eu sirvo para fazer os outros terem dó das minhas infelicidades. Eu sirvo para falar de sentimentos. Sentimentos que apenas eu sinto, e que ninguém nunca vai sentir igual. Sentimentos bons e ruins. Sentimentos que me caracterizam, mas que eu não sei caracterizá-los. Sentimentos que fazem uma pessoa me amar, ou odiar. Sentimentos, apenas sentimentos. Algo que não podemos ver, mas sabemos que existe dentro do coração de uma e qualquer pessoa.

Tudo muda, mais alguma coisa continua igual.

É certo,com o decorer dos anos e com as milhares de voltas que o mundo dá, alguma coisa, por mais insignificante que seja, acaba mudando. Com o passar dos anos, mudamos nossas brincadeiras, os livros que lêmos antes de durmir,a roupa que vistimos, a maturidade exige certas mudanças,certas evoluções. Mas até onde é permitido mudar, sem ser desleal com nõs mesmos, sem passar a barreira dos nosso limites. Não devemos nos deixar influenciar com a opinião alheia, não devemos dar importancia para mexiricos e reputação, e sim com nossa conciencia, com quem realmente somos. As mudanças acontecem,é inevitavel, mas o que não deve acontecer é deixarmos de ser leias a nossa personalidade, nossa alma.

Mude. Mudei. Mudando.

Os passos são apressados,por isso,talvez,eu nunca tivesse notado todas essas mudanças.Eu afirmava,que absolutamente nada estava mudado,que apenas aqui,as coisas percorriam na mesmice de sempre. Engano. E com certeza não é o primeiro.As palavras que uso,a forma com que me comporto,as manias que adquiro,a forma de falar,de andar,de escrever,de me vestir.As musicas,a forma de cantar,de reagir.Até os mínimos detalhes não são poupados das mudanças.Mudanças que não são apenas físicas,são profundamente internas,sentimentais,psicológica..Cicatrizes que se fecham,hematomas que desaparecem,doenças que se curam.Olho no espelho,e vagarosamente reparo,e constato que NADA,ABSOLUTAMENTE NADA ESTÁ IGUAL.Essas mudanças são méritos do tempo,da vida,das estradas em que caminhei,posso ate dizer que são méritos meus.Porem,não tenho tempo para me acostumar a elas,decorá-las,pois ainda vejo muito o que absorver,muito o que mudar,melhorar,transformar.Paciência,tenho que aceitar o que eu sou e sempre serei, uma espécie de metamorfose ambulante.

Centralismo Democrático.

Hoje dia 27 de Outubro de 2008, o povo se decidiu escolheu o próximo prefeito de Belo Horizonte, ganhou o candidao da aliança, aliança entre EMPRESÁRIOS e MILIONÁRIOS, aquele mesmo candidato que tentaram colocar à força na nossa prefeitura, o candidato laranja, o candidato marionete. Mais afinal, os dois candidatos não possuiam todas essas "qualidades"?
O futuro de Belo Horizonte, francamente ninguem sabe, pois, continuamos sob o camando dos grandes empresários.
É triste mais a maioria da população foi quem decidiu, a vontade da maioria é o que deve prevalecer. So nos resta esperar para saber o que nos aguarda...

domingo, 26 de outubro de 2008

O que será de Belo Horizonte?

Hoje, dia 26 de Outubro de 2008, uma data que vai ficar na memória de muitos Belo Horizontinos pois, é a data do 2º turno das eleições municipais, uma eleição que não houve campanha e sim uma tentativa frustrada de eleger à força o novo prefeito de Belo Horizonte, subestimando com todas as forças possiveis a inteligência e o poder de decisão dos eleitores. Esta tentativa felizmente fracassou, a decisão foi jogada para o 2º turno, e os eleitores se limitaram a ter que escolher entre dois candidatos. Mais ao mesmo tempo em que temos que escolher entre dois candidatos não temos que escolher entre nenhum, pois, os verdadeiros candidatos ficaram para trás. É assim a democrácia burguêsa.De um lado o candidato dos grandes empresários o candidato que se propõe a dar continuidade aos trabalhos de uma prefeitura que não mostra trabalho, uma prefeitura que vive de ilusão, é o candidato laranja, o candidato da aliança, aliança entre EMPRESÁRIOS e MILIONÁRIOS para garantir os seus benefícios pelos próximos quatro anos. Do outro lado um demagogo populista que quer se eleger da forma mais suja possivel, um candidato que ao invés de fazer proposta em seu horário eleitoral, tenta tocar o coração dos eleitores com frases "chulas" e cheias de emoções subestimando assim a inteligência dos eleitores, um candidato que se propõe a formar apertadores de parafusos para trabalhar nas mega empresas dos empresários e não formadores de opiniões. Mais afinal uma pessoa que quer fazer tamanho favor para os empresários também está claro que vai governar para eles, ou seja, não passa de outra marionete.Hoje os eleitores de Belo Horizonte não vão escolher o melhor candidato, e sim o candidato "menos pior".Meus caros amigos peço desclpas pela frase que irei utilizar mais não vejo frase mais apropriada para o momento.BELO HORIZONTE TÁ É NA MERDA MESMO.

sábado, 25 de outubro de 2008

Crise Existencial

Pensar,refletir,devanear,raciocinar,imaginar,descrever,discutir,determinar,exemplificar,cogitar,questionar,
compreender,entender,compactar,resumir,resenhar,ensaiar,medir,comportar[entre outros]algo como o sopro de vida,o período situado entre o momento sublime e mágico do nascimento e o lúgubre e triste da morte traz consigo diversos pontos salientes que se dobram,desdobram e redobram formando teias de raciocínio que muitas vezes me levam a um questionamento a respeito do que eu sou é,o que eu posso vir a ser,indubitávelmente estas crises são geradas a partir do momento em que eu me confundo com o estar e por sua vez com o ter,conseguir destacar-se em um universo competitivo torna-me mais animal tendendo a atravessar qualquer percalço que se coloque em meu caminho e trazendo consigo uma enorme sensação de um vazio existêncial.

"Na verdade, a vida é uma mentira.
Mas, nem tudo é mentira...
Essa é a verdade!!
Acredite!"

A Prolixidade no Amor ou na Ausência dele

nas minhas botas falecem o desejo de encontar finalmente o amor. Não tão somente o amor homem-mulher. Pois não é só dessa discrepância que se alimenta o amor. As pessoas são fontes constantes de desilusões, de infortúnios amores abandonados. Abandonados pela mãe que os gerou em seu ventre, cumulou gestou tão delicados, e que por hora os esqueceu. Esqueceu daqueles dias frios, aquelas manhãs nubladas, onde o amor venceu, mas que hoje perece neste mar de ilusões. Ilusões sim, pois a quem mais devíamos confiar tal sublime gesto? O qual fomos contemplados, talvez por anjos, talvez pelo diabo. Sobre o amor, me foi ensinado que percorre caminhos em conjuntos, às vezes com a razão, às vezes com a fidelidade, mas nunca com a paciência. Ou raras vezes. Por pessoas dotadas de tal maneira, que são assim chamadas de especiais, aos olhos dos outros, simplesmente especiais. E mais uma vez me vejo em questão. O que será? Como será? Peço para não enlouquecer, pois os sábios, assim são chamados de loucos. Neste desvaneio de ventania, me paira tão somente a calma. Como uma folha levada ao vento, apenas no sentido dele. Se deixando levar, se deixando levar... Num sublime instante de sensações de me sentir como eu. Não de me sentir. Apenas talvez existir.

vícios inerentes às novas gerações internéticas

Não podemos negar que mudanças e novas características da escrita em nossa língua mãe foram adicionadas aos livros de gramática e dicionários em geral e, sobretudo, ao sotaque e fala. Mas uma nova onda de mudanças não-aceitáveis vêm acarretando a deturpação do idioma: escrita da maneira de sua pronúncia, falta de acentuação, e, principalmente pontuação, nexo escasso e assim segue-se vasta lista de atrocidades.Confesso que com a rapidez que nos é exigida durante o exercício da digitação, alguns acentos gráficos são esquecidos, ou até mesmo deixados para trás por puro comodismo (o que pode tornar-se um pequeno vício). Comum é deixá-los para trás, terrível é nem saber usá-los corretamente. Como "andei" lendo em alguns blogs, um amigo deixou claro como sendo a leitura um grande passo para atingir-se a prolixidade plena. E concordo, absolutamente, com ele: não só para a prolixidade, mas também para o mínimo de clareza aos pensamentos que se desejam transmitir através da escrita.A prolixidade detém certa face de cansaço. Porém, cansativo mesmo é tentar, sem êxito, traduzir neo-linguagens-internéticas (ou não!), orkutianas-modernosas ou, simplesmente, verborragias do pensamento comum que sequer foram "lapidadas" antes de serem expostas. I Deixu voses agohra, meux miguxos taum queridinhus, cum bejus i abraçussss!(levei o dobro da média de toques por segundo para expor seguinte frase)

Por minuto... que seja!Mas essa "neo-maneira" é extremamente díficil de se pôr em prática! Aprendizado digno do exercício incessante, como realizado facilmente com horas e horas sentado à frente de um micro-computador, fazendo uso de programas de conversação em tempo real, ou mesmo, (olhem só!), do nosso OrCUt.