Não podemos negar que mudanças e novas características da escrita em nossa língua mãe foram adicionadas aos livros de gramática e dicionários em geral e, sobretudo, ao sotaque e fala. Mas uma nova onda de mudanças não-aceitáveis vêm acarretando a deturpação do idioma: escrita da maneira de sua pronúncia, falta de acentuação, e, principalmente pontuação, nexo escasso e assim segue-se vasta lista de atrocidades.Confesso que com a rapidez que nos é exigida durante o exercício da digitação, alguns acentos gráficos são esquecidos, ou até mesmo deixados para trás por puro comodismo (o que pode tornar-se um pequeno vício). Comum é deixá-los para trás, terrível é nem saber usá-los corretamente. Como "andei" lendo em alguns blogs, um amigo deixou claro como sendo a leitura um grande passo para atingir-se a prolixidade plena. E concordo, absolutamente, com ele: não só para a prolixidade, mas também para o mínimo de clareza aos pensamentos que se desejam transmitir através da escrita.A prolixidade detém certa face de cansaço. Porém, cansativo mesmo é tentar, sem êxito, traduzir neo-linguagens-internéticas (ou não!), orkutianas-modernosas ou, simplesmente, verborragias do pensamento comum que sequer foram "lapidadas" antes de serem expostas. I Deixu voses agohra, meux miguxos taum queridinhus, cum bejus i abraçussss!(levei o dobro da média de toques por segundo para expor seguinte frase)Por minuto... que seja!Mas essa "neo-maneira" é extremamente díficil de se pôr em prática! Aprendizado digno do exercício incessante, como realizado facilmente com horas e horas sentado à frente de um micro-computador, fazendo uso de programas de conversação em tempo real, ou mesmo, (olhem só!), do nosso OrCUt
domingo, 29 de março de 2009
segunda-feira, 16 de março de 2009
E se...
Quando se perde alguém, se perde pra sempre?
E quando se ama alguém, se ama pra sempre?
Se acontecer, é porque é acaso?
Se choramingar, é porque está triste?
E se compreender, é porque é sábio?
Se a morte levar, ainda assim está contigo.
Se o amor se apresentou é porque quer ficar.
Se a face tocar é porque foi real.
Se a sabedoria sorrir é porque é você.
Se eu quis ficar foi por causa de ti, por causa do teu seio, do meu apego contigo.
Se eu quis foi porque o acaso quis, porque um anjo quis.
Assim. Como se tudo se explicasse com suspiros, com olhares de ternura.
Como se oque se sente é forte demais para conter.
Olhos de pedra observam a moda com frequencia...LL...
E quando se ama alguém, se ama pra sempre?
Se acontecer, é porque é acaso?
Se choramingar, é porque está triste?
E se compreender, é porque é sábio?
Se a morte levar, ainda assim está contigo.
Se o amor se apresentou é porque quer ficar.
Se a face tocar é porque foi real.
Se a sabedoria sorrir é porque é você.
Se eu quis ficar foi por causa de ti, por causa do teu seio, do meu apego contigo.
Se eu quis foi porque o acaso quis, porque um anjo quis.
Assim. Como se tudo se explicasse com suspiros, com olhares de ternura.
Como se oque se sente é forte demais para conter.
Olhos de pedra observam a moda com frequencia...LL...
domingo, 1 de março de 2009
Recordo ainda...
Recordo ainda... e nada mais me importa...
Aqueles dias de uma luz tão mansa
Que me deixavam, sempre, de lembrança,
Algum brinquedo novo à minha porta...
Mas veio um vento de Desesperança
Soprando cinzas pela noite morta!
E eu pendurei na galharia torta.
Todos os meus brinquedos de criança...
Estrada afora após segui...
Mas, aí, Embora idade e senso eu aparente
Não vos iludais o velho que aqui vai: Eu quero os meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino... acreditai!...
Que envelheceu, um dia, de repente!...
( Mário Quintana )
Aqueles dias de uma luz tão mansa
Que me deixavam, sempre, de lembrança,
Algum brinquedo novo à minha porta...
Mas veio um vento de Desesperança
Soprando cinzas pela noite morta!
E eu pendurei na galharia torta.
Todos os meus brinquedos de criança...
Estrada afora após segui...
Mas, aí, Embora idade e senso eu aparente
Não vos iludais o velho que aqui vai: Eu quero os meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino... acreditai!...
Que envelheceu, um dia, de repente!...
( Mário Quintana )
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Quanto é 2+2=?
A resposta da pergunta a cima, não é tão simples como as pessoas pensam. Na verdade a pergunta quanto é 2+2 é mais complexa do que parece ser.
Primeiro, depende de quais elementos vc quer somar. 2+2 o quê? Ao fazer uma pergunta extremamente complexa como essa, é preciso que se tenha mais detalhes do que você realmente deseja (desejo relativo à resposta), pois acredito que como um "ser" esperto como você que costuma fazer com frequência esta pergunta, ( Quanto é 2+2 ?), já da para perceber o quanto você é esperto. A resposta desta pergunta não é apenas o resultado de uma simples soma algébrica. Normalmente, as pessoas não entendem a verdadeira escência desta pergunta. Não estou dizendo que são desprovidos dessa qualidade que muitos acham ter, mas que na verdade são poucos os privilegiados, "a inteligência". Pois bem, vou explicar ao certo o que eu quis dizer com: "depende de quais elementos vc quer somar." Se vc quer somar duas laranjas com duas bananas, vc terá quatro frutas. Se vc quer somar dois pares de meia com dois pares de meia você terá oito meias, certo? Se vc quer somar dois amores com dois amores vc vai ter infinitas preocupações, "rsrs" se você quer somar duas semanas com dois meses vc terá duas semanas e dois meses , ou 74 dias, considerando que os meses sejam de 30 dias, como abril e junho por exemplo. Enfim são infinitas respostas, para essa pergunta com infinitas intenções Simples assim !
Não se deixem levar pela simplicidade que os problemas aparentam ter, pois podem ser mais complicados do que parecem.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
PROFILE:
EU SOU UM POEMA.
EU SOU RISADA.
EU SOU CHORO.
EU DOU MAIS RISADA QUE CHORO.
MAS EU SOU POEMA.
E POEMA TRISTE DÁ RISADA E CHORA.
EU SOU UMA FLOR ATRAS DA CASA FAZENDO TRAQUINAGEM
PINTANDO PAREDE
ESCREVENDO VERSO FUMANDO UM...
CIGAROO!
EU SOU POEMA!!!
"ME PEGA. ME BEIJA NA BOCA E ME RALA NA
FACA"
ASSIM...
SIMPLES ASSIM.
MENINA SAPECA
QUE FAZ TRAQUINAGEM
E POEMA
E GOSTA DE TER AMIGO
DE OUVIR MÚSICA
DE BAGUNÇAR
DE FAZER CABANINHA
EU GOSTO DE ME DROGAR
E DAI?
EU GOSTO DE MENINAS
EU GOSTO DE MENINAS
EU GOSTO DE MENINAS
MENINAS PÔ!
GOSTO DE FLORBELA ESPANCA
GOSTO DE FILOSOFIA
GOSTO DE GRAM GOSTO DE POESIA
GOSTO DE OUVIR PASSAROS AO ACORDAR
GOSTO DE OUVIR GRILO AO DORMIR
NÃO GOSTO DE COMIDA FRIA
NÃO GOSTO DE SEXO CASUAL
NÃO GOSTO DE VERSO MAL FEITO
MAS OS ENTENDO.
NÃO GOSTO DE ACORDAR CEDO, MAS ACORDO.
AMO POESIA
AMO DIA
AMO TOMAR CAFÉ NA PADARIA
PORQUE QUEIMEI NEURÔNIOS DEMAIS
JÁ MATEI O FÍGADO
GUARDEI A FACA NA GAVETA
E ME DESFIZ NA AURA MÁGICA
E PERMANENTE DO AR
Brisa Isa
EU SOU RISADA.
EU SOU CHORO.
EU DOU MAIS RISADA QUE CHORO.
MAS EU SOU POEMA.
E POEMA TRISTE DÁ RISADA E CHORA.
EU SOU UMA FLOR ATRAS DA CASA FAZENDO TRAQUINAGEM
PINTANDO PAREDE
ESCREVENDO VERSO FUMANDO UM...
CIGAROO!
EU SOU POEMA!!!
"ME PEGA. ME BEIJA NA BOCA E ME RALA NA
FACA"
ASSIM...
SIMPLES ASSIM.
MENINA SAPECA
QUE FAZ TRAQUINAGEM
E POEMA
E GOSTA DE TER AMIGO
DE OUVIR MÚSICA
DE BAGUNÇAR
DE FAZER CABANINHA
EU GOSTO DE ME DROGAR
E DAI?
EU GOSTO DE MENINAS
EU GOSTO DE MENINAS
EU GOSTO DE MENINAS
MENINAS PÔ!
GOSTO DE FLORBELA ESPANCA
GOSTO DE FILOSOFIA
GOSTO DE GRAM GOSTO DE POESIA
GOSTO DE OUVIR PASSAROS AO ACORDAR
GOSTO DE OUVIR GRILO AO DORMIR
NÃO GOSTO DE COMIDA FRIA
NÃO GOSTO DE SEXO CASUAL
NÃO GOSTO DE VERSO MAL FEITO
MAS OS ENTENDO.
NÃO GOSTO DE ACORDAR CEDO, MAS ACORDO.
AMO POESIA
AMO DIA
AMO TOMAR CAFÉ NA PADARIA
PORQUE QUEIMEI NEURÔNIOS DEMAIS
JÁ MATEI O FÍGADO
GUARDEI A FACA NA GAVETA
E ME DESFIZ NA AURA MÁGICA
E PERMANENTE DO AR
Brisa Isa
domingo, 22 de fevereiro de 2009
PARA DURAR, concentre-se
corpo penetrávelcorpo abertoo instinto natural de se trocar a escama bienalmente corpo envelhecendocorpo podreé irrelevante não considerar moderaração ao passoda situaçãopois o corpo que já não funciona como antesfunciona diferentecorpo fechado, triste
o mesmo resultado das mesmas açõeso corpo não está inteirono entanto o instinto, o pensamentovem da alma, no espírito que habita o corpo vivo o corpo chora isto éo corpo refém
dos resultadosdas escolhas do espíritode alma lavada a loucura do corpoa combustão de uma fissura como resultado o corpo não é frágil...
encorpa um espíritoe se tudo der certo dura uns cem anos
o corpo só é ignorado
uma vez que é para o espírito que se busca a paz
silencio
para ouvir minha única almapara sentir meu único corpo
Isabel C. Mendes Teixeira
o mesmo resultado das mesmas açõeso corpo não está inteirono entanto o instinto, o pensamentovem da alma, no espírito que habita o corpo vivo o corpo chora isto éo corpo refém
dos resultadosdas escolhas do espíritode alma lavada a loucura do corpoa combustão de uma fissura como resultado o corpo não é frágil...
encorpa um espíritoe se tudo der certo dura uns cem anos
o corpo só é ignorado
uma vez que é para o espírito que se busca a paz
silencio
para ouvir minha única almapara sentir meu único corpo
Isabel C. Mendes Teixeira
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Viva La Putaria
Viva la putaria.
Viver e um dom, proximo a putaria mundial?
Ou seja vivemos dentro de familias, ou com elas?
que estão todas perdidas, ou achadas?
sem ter onde se agarrar, ou agarrando todo mundo...
presando pela economia social, e se auto destruindo,
esta seria a putaria na qual vivemos?
O mundo e um putaria social!!!
Viver e um dom, proximo a putaria mundial?
Ou seja vivemos dentro de familias, ou com elas?
que estão todas perdidas, ou achadas?
sem ter onde se agarrar, ou agarrando todo mundo...
presando pela economia social, e se auto destruindo,
esta seria a putaria na qual vivemos?
O mundo e um putaria social!!!
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Oi Mundo Esquisito
Oi mundo.
Oi gente toda
Oi quem não me conhece, o português mudou e a maioria das palavras são sem acento, e os hífens, ah! os hífens, você vai penar para dize-los.
Você-diz-hífens?
Eu digo a nova língua portuguesa, chata como sempre.
Sorte é que absinto nunca teve acento, mas acentua a proposta de sair da linha.
Oi mundo
eu não tenho nada para te dizer.
Na0 tenho nada para dizer aos amigos de velha data, mas a partir do pretexto de ter esquecido suas vidas, pergunto se têm usado muito cotê (e alguns nem sabem o quê dizer).
Você diz Não Tem?
Tem... mas está tudo bem guardadinho.
Eu sinto muito não ser assim aquele escritor de mão cheia, eu ocupo o tempo com pensamentos, e sabe-se lá como eles querem "sair".
"Ela está morando com outro..." (felicidades.)
Eu quero todas as minhas metades para colá-las em mim (fita que não desgruda nunca mais).
Eu quero não me foder devido minha escolhas.
Eu quero reencontrar minha [...] e quero minha comportada.
Brisa Isa
Oi gente toda
Oi quem não me conhece, o português mudou e a maioria das palavras são sem acento, e os hífens, ah! os hífens, você vai penar para dize-los.
Você-diz-hífens?
Eu digo a nova língua portuguesa, chata como sempre.
Sorte é que absinto nunca teve acento, mas acentua a proposta de sair da linha.
Oi mundo
eu não tenho nada para te dizer.
Na0 tenho nada para dizer aos amigos de velha data, mas a partir do pretexto de ter esquecido suas vidas, pergunto se têm usado muito cotê (e alguns nem sabem o quê dizer).
Você diz Não Tem?
Tem... mas está tudo bem guardadinho.
Eu sinto muito não ser assim aquele escritor de mão cheia, eu ocupo o tempo com pensamentos, e sabe-se lá como eles querem "sair".
"Ela está morando com outro..." (felicidades.)
Eu quero todas as minhas metades para colá-las em mim (fita que não desgruda nunca mais).
Eu quero não me foder devido minha escolhas.
Eu quero reencontrar minha [...] e quero minha comportada.
Brisa Isa
domingo, 4 de janeiro de 2009
A ERA DO CONSERTO
É inútil
crianças não são silenciosas.
Crianças escrevem qualquer coisa.
Espalham coceiras por todo o corpo;
por toda vida.
A ERA DO CONSERTO I - O conselho serve para todos.
É mais fácil me silenciar longe de você
mas a sua falta me faz gritar
mais besteiras bem mais fácil
a sua falta me desorienta também.
E já me adaptei às minhas tristezas.
É triste gritar besteiras
É triste porque são besteiras vazias
- engraçadas de fato -
A genialidade do sarcasmo naufraga em saudades.
E tudo na vida acontece naturalmente.
Ainda não compreendo
razões, mas a teoria do "pra quê isso?"
esclarece um pouco mais
"ser atemporal"
E ser criança. E ser "adulto". E ser débil mental.
Ser criança consiste em ser criança
Ser "adulto" consiste em ser maduro.
Então, existem crianças maduras
e adultos débeis mentais.
E como medir debilidade mental? ... Sinceramente.
crianças não são silenciosas.
Crianças escrevem qualquer coisa.
Espalham coceiras por todo o corpo;
por toda vida.
A ERA DO CONSERTO I - O conselho serve para todos.
É mais fácil me silenciar longe de você
mas a sua falta me faz gritar
mais besteiras bem mais fácil
a sua falta me desorienta também.
E já me adaptei às minhas tristezas.
É triste gritar besteiras
É triste porque são besteiras vazias
- engraçadas de fato -
A genialidade do sarcasmo naufraga em saudades.
E tudo na vida acontece naturalmente.
Ainda não compreendo
razões, mas a teoria do "pra quê isso?"
esclarece um pouco mais
"ser atemporal"
E ser criança. E ser "adulto". E ser débil mental.
Ser criança consiste em ser criança
Ser "adulto" consiste em ser maduro.
Então, existem crianças maduras
e adultos débeis mentais.
E como medir debilidade mental? ... Sinceramente.
SEISCENTOS E SESSENTA E SEIS
A VIDA É O DEVER QUE NÓS TROUXEMOS PARA FAZER EM CASA.
QUANDO SE VÊ, JÁ SÃO SEIS HORAS: HÁ TEMPO...
QUANDO SE VÊ, JÁ É SEXTA-FEIRA...
QUANDO SE VÊ, PASSARAM SESSENTA ANOS...
AGORA É TARDE DEMAIS PARA SER REPROVADO.
E SE ME DESSEM - UM DIA - UMA OUTRA OPORTUNIDADE,
EU NEM OLHAVA O RELÓGIO.
SEGUIA SEMPRE, SEMPRE EM FRENTE...
QUANDO SE VÊ, JÁ SÃO SEIS HORAS: HÁ TEMPO...
QUANDO SE VÊ, JÁ É SEXTA-FEIRA...
QUANDO SE VÊ, PASSARAM SESSENTA ANOS...
AGORA É TARDE DEMAIS PARA SER REPROVADO.
E SE ME DESSEM - UM DIA - UMA OUTRA OPORTUNIDADE,
EU NEM OLHAVA O RELÓGIO.
SEGUIA SEMPRE, SEMPRE EM FRENTE...
E IRIA JOGANDO PELO CAMINHO A CASCA DOURADA E INÚTIL DAS HORAS.
Mario Quintana
Mario Quintana
sábado, 3 de janeiro de 2009
O Poeta Operário
Grita-se ao poeta:
"Queria te ver numa fábrica!
O que? Versos? Pura bobagem".
Talvez ninguém como nós
ponha tanto coração
no trabalho.
Eu sou uma fábrica.
E se chaminés
me faltam
talvez seja preciso
ainda mais coragem.
Sei.
Frases vazias não agradam.
Quando serrais madeira
é para fazer lenha.
E nós que somos
senão entalhadores a esculpir
a tora da cabeça humana?
Certamente que a pesca é coisa respeitável.
Atira-se a rede e quem sabe?
Pega-se um esturjão!
Mas o trabalho do poeta
é muito mais difícil.
Pescamos gente viva e não peixes.
Penoso é trabalhar nos altos-fornos
onde se tempera o ferro em brasa.
Mas pode alguém
acusar-nos de ociosos?
Nós polimos as almas
com a lixa do verso.
Quem vale mais:
o poeta ou o técnico
que produz comodidades?
Ambos!
Os corações também são motores.
A alma é poderosa força motriz.
Somos iguais.
Camaradas dentro da massa operária.
Proletários do corpo e do espírito.
Somente unidos,
somente juntos remoçaremos o mundo,
fá-lo-emos marchar num ritmo célere.
Diante da vaga de palavras
levantemos um dique!
Mãos à obra!
O trabalho é vivo e novo!
Com os oradores vazios, fora!
Moinho com eles!
Com a água de seus discursos
"Queria te ver numa fábrica!
O que? Versos? Pura bobagem".
Talvez ninguém como nós
ponha tanto coração
no trabalho.
Eu sou uma fábrica.
E se chaminés
me faltam
talvez seja preciso
ainda mais coragem.
Sei.
Frases vazias não agradam.
Quando serrais madeira
é para fazer lenha.
E nós que somos
senão entalhadores a esculpir
a tora da cabeça humana?
Certamente que a pesca é coisa respeitável.
Atira-se a rede e quem sabe?
Pega-se um esturjão!
Mas o trabalho do poeta
é muito mais difícil.
Pescamos gente viva e não peixes.
Penoso é trabalhar nos altos-fornos
onde se tempera o ferro em brasa.
Mas pode alguém
acusar-nos de ociosos?
Nós polimos as almas
com a lixa do verso.
Quem vale mais:
o poeta ou o técnico
que produz comodidades?
Ambos!
Os corações também são motores.
A alma é poderosa força motriz.
Somos iguais.
Camaradas dentro da massa operária.
Proletários do corpo e do espírito.
Somente unidos,
somente juntos remoçaremos o mundo,
fá-lo-emos marchar num ritmo célere.
Diante da vaga de palavras
levantemos um dique!
Mãos à obra!
O trabalho é vivo e novo!
Com os oradores vazios, fora!
Moinho com eles!
Com a água de seus discursos
que façam mover-se a mó!
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